1 de fev. de 2010

Quânticas cantigas...


Cada gota que seca, evapora entoando mantras aos céus
Aos pés que a areia abraça, além de caminhos, lhe sobra a tristeza vaidosa de ser mais uma raiz encravada, na terra que finda seu salto.


De todos os quereres, o maior que temos é o de extinguir a gravidade.
Ascender rapidamente, temendo o dia que o crescer puro eternamente criança, acabe. 
Queremos voar logo, expandir nossa humanidade, que crê que o horizonte lhe basta


Dessa dimensão que nos enquadra
ainda resta o tempo que não se conta
restam as luzes que não se enxerga
restam o fluidos de alma


Além das paredes, das ondas e redes
Dos cálculos, das fachadas e das sedes
Restam os fluidos de vida
Dos raios a íris e ao nada
resta ainda a vida que se proíbes


Rasgar os véus, é voar mais alto, com os pés abraçados pela areia, nós somos pássaros em mergulho...